domingo, 6 de janeiro de 2008

Um 2007 musical

Finda o ano e o Tio Sabi apresenta a toda a clientela, a listagem das cassetes que mais tocaram aqui no estaminé durante o ano que passou.

Tudo isto é material de altíssima qualidade, tão bom, tão bom e de tanta confiança que nem sequer aceitamos devoluções!

A memória de um ano musical.

Espero que vos faça bom proveito.

Consumam sem restrições.

À vontadex!

10+ Internacionais

1. Arctic Monkeys – Favourite Worst Nightmare
O segundo disco é sempre o mais decisivo para quem quer fazer carreira. É a obra da consagração ou do abandono e os Arctic Monkeys provam em cada tema deste 2º que são grandes, de verdade e estão para ficar. Para mim, continua a ser um mistério saber como é que mentes tão jovens e imberbes conseguem produzir o rock mais grandioso do momento mas depois lembro-me que a obra poética do Rimbaud saiu-lhe do corpo antes dos 18 e aí acalmo a passarinha. Eu adoro estes miúdos. Grandes letras, grandes riffs, música intemporal.



2. Arcade Fire – Neon Bible
Outro genial segundo disco. Outra bestial confirmação. A música dos Arcade Fire é uma experiência religiosa e mais não digo. Estes são sagrados.



3. The View – Hats Off to the Buskers
Mais um grupo de miúdos a fazer música como a gente grande não é capaz. Um compêndio de rock indie em 14 andamentos. Nota 20!



4. The Shins – Wincing the Night Away
A pop perfeita é assim. Os vídeos perfeitos também!



5. Radiohead – In Rainbows
Com “OK Computer” revolucionaram o rock nos anos 90. Com “In Rainbows” dão a machadada final na indústria musical tal como a conhecíamos, ao colocarem o disco directamente na net, pedindo por cada download, aquilo que cada um quisesse dar, como se estivessem a tocar no metro. Génios puros.



6. Amy Winehouse – Back to Black
Uma miúda inglesa, cujos passatempos favoritos são o álcool e as drogas, que canta como se estivesse possuída pelos espíritos de uma cantora da Motown e de um Pirata do Pacífico. A mais improvável das estrelas canta em todas as rádios que o pai lhe diz para se desintoxicar e ela diz “Não, não, não!”. A não perder…



7. Alicia Keys – As I Am
A mais bonita, mais sensual e mais talentosa estrela da pop/soul num álbum que para mim é de consagração absoluta. Desde que a vi ao piano a cantar “Fallin’”, há uns anos atrás, fiquei rendido para sempre. Muita classe!

http://www.youtube.com/watch?v=ktUSIJEiOug&feature=related

8. Babyshambles – Shotter’s Nation
Por falar em estrelas improváveis e quando nada se previa a seu respeito a não ser a morte numa valeta qualquer, Pete Doherty regressa sabe-se lá de onde para um grande, grande disco. Stylish!



9. Ben Harper – Lifeline
Nenhum outro músico no mundo canta com a alma e a fé de Ben Harper. Para os críticos é mais um disco. Para mim, é um passo de gigante numa carreira pródiga.





10. Interpol – Our Love to Admire
Bebendo da obra produzida nos 80s por bandas consagradas como os Joy Division, os Interpol desbravam novos territórios, transportando essa sonoridade para os nossos dias. Este amor é mesmo para admirar.





Os + em Português

1. Wraygunn – Shangri-la
Tinha uma esperança e uma fezada que este disco dos Wraygunn fosse o mais aclamado em terras lusas em 2007 e quase todas as listagens o confirmam. Que o disco tenha sido composto em Marvão no seguimento do convite que fiz a Paulo Furtado e que este nome lhe tenha sido dedicado, são motivos que tornam a paixão ainda maior.



2. David Fonseca – Dreams In Colour
O David Fonseca é enorme, um talento único e o nome maior do panorama musical actual, na minha opinião. Grande terceiro disco que me traz encantado. E ninguém, NINGUÉM faz vídeos com esta honestidade! Grande!



3. Clã - Cintura
Pop de nível internacional, de alto recorte e requinte e ainda Manuela Azevedo…



4. Maria Rita – O meu Samba
Um fenómeno. Um cometa. Um assombro maravilhoso.



5. Bonde do Rôle – Bonde do Rôle
Da favela para o mundo. Um autêntico disco voador.



6. The Poppers – Boys Keep Swinging
Uma banda que é uma agradável memória do Marvão Rockfest. Grandes músicos, grandes pessoas e um rock intemporal.



7. Jorge Palma – Voo Nocturno
Musicalmente extraordinário, com as letras a precisarem de mais uns whiskies. Bem agradável. Uma ternura de vídeo!



8. Sean Riley and the Slowriders – Farewell
Surgido bem no final do ano, mesmo a tempo de integrar a lista, mas ainda sem imagem disponível. Certamente, no início do ano, estarão por aí.

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