quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ai S. Marcos da minha devoção!


Eu sei que o nosso S. Marcos pode parecer uma romaria pobrezinha aos olhos de outros (menos bem intencionados). Mas para nós, que somos daqui… é do melhor que pode haver! Desculpamos a falta de artistas de nomeada e de grandes aparatos com a escolha orgulhosa da prata da casa e assim tapamos com arte a falta de substância financeira.

Primamos pela diferença logo na calendarização… Enquanto os outros preferem o Verão, os meses quentes de Julho e Agosto, a malta avança logo em Abril, quando muitas vezes chove e ainda faz frio, que isto não está para hesitações.

Como os tintos que alguém gostava de servir… “pequeninos mas bastinhos!”.

O S. Marcos tem os indianos que trazem os últimos gritos da moda em grandes carripanas cheias de caixotes de cartão velho e sorriem de cada vez que passamos, tem os carrinhos de choque, tem gelados de gelo e barracas de torrão, tem massa frita e quermesse, tem a roulote do Lino e algodão doce. O S. Marcos é um santo que nestes dias tem missa e procissão e direito a passear o seu bezerrinho pelas ruas. O S. Marcos tem foguetes, tem pompa e circunstância e há até quem diga que a revolução do 25 de Abril ocorreu por sua obra e graça. O S. Marcos nunca é igual e é por isso que é sempre diferente. Neste ano houve uma Meia Maratona que foi pela primeira vez! O S. Marcos tem actuações de alunos da terra que apesar do palmo e meio cantam sem ser em playback, tem uma discoteca que anima a malta nova pela noite fora, tem espectáculos musicais de artistas nascidos e criados na terra, tem touradas e garraiadas, porra! Tem montes de coisas! Ainda são capazes de dizer que não? Até o tempo parece que é pouco!


Para além de tudo isto… no S. Marcos revemos os amigos, a família e até as coisas boas que cá temos durante o ano todo nos parecem melhores.

Se foi bom? Foi exxxcelente, pá! Ninguém se magoou!
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E é por isso que no meu álbum multimédia virtual vou guardar estas memórias do S. Marcos que passou:

Isto é o que eu chamo começar uma festa em grande

O line up da Chuva de Estrelas prometia...

Os mais pequenitos derreteram os corações mais empedernidos...


E a minha Leonor sempre levou a sua avante! Sozinha em palco, sem rede, umas boas notas acima do tom, soube dar ao litro para não deixar o Variações ficar mal visto. De casaco de cabedal, com uma t-shirt do pai (que subia, subia...) e com as botas oficiais da Hannah Montana... toda ela foi confiança.
Meu Deus... como o tempo passa...
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A minha estreia como aprendiz de guitarrista no seio da turminha de música da terra também foi legal, como dizem os brasileiros. Na falta de registo próprio, tive de me apropriar deste do blogue da Catarina, esperando que ela não leve a mal. Certinhos, ãh? E a voz da Mafaldinha? Uma surpresa, a piquena. Parece a escola de artes do FAMA...
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Claro que uma bisnaga semi-automática de fazer bolas de sabão era a recompensa-mínima por tanto arrojo...

Eu... como pai babado, também me permiti uma excêntricidade e em plena discoteca arrematei ao meu amigo Rashid a última moda em óculos de sol com lanternas incorporadas. O modelo "Michael Jackson" com três níveis diferentes de iluminação por 5 euros com uma rosa incluída foi uma verdadeira pechincha. Só foi pena foi a minha Cris não me ter deixado dormir com eles ligados. Enfim... não se pode ter tudo... Minas da Panasqueira... Aí vou eu!

A açorda de marisco da minha Santa Sogra no dia seguinte foi de cortar a respiração. Esta foto merecia estar no Prado ou no Louvre. E saborosa que estava... com um verde geladinho... Ai eu...
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O meu filho tanto me chateou que tive de lhe fazer o gosto ao pé! E não é que passou com distinção? Ora atentem...
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Um geladinho a meio da tarde cai sempre... bem, vá!

Eu hei-de agradecer a cada dia da minha vida, o gosto que o meu sogro me incutiu pela festa brava. Não é que ande por aí armado em Maurício do Vale mas eu adoro aquilo ó pá. Cada vez que penso nos S. Marcos passados em que andei de olhos fechados e não compareci à chamada… só me apetece dar-me palmadas no rabo. Uma tourada é um espectáculo completo. Tem coreografia como nos ballets, tem cenografia e guarda-roupa como nos teatros, tem música como na ópera, tem violência como no boxe, tem assistência como no futebol, tem animais como no circo e até imperiais como nas discotecas! É uma coisa do outro mundo! Faça-se um favor: Vá à tourada que vai ver que gosta!

A minha piquena viu a Sónia Matias e prontes... passou-se!


O raminho de malmequeres que apanhou para atirar à cavaleira também ficou jeitoso...


Comovente homenagem dos forcados de Monforte ao jovem da Ribeira de Nisa que foi vítima de um incapacitante acidente laboral. Bravura e nobreza de espírito.






Domingo foi dia de estreia da 1ª Maratona de Marvão. Que responsabilidade...
Foto de família do Núcleo de Maratonistas de Marvão
Para mais tarde recordar...
Da esq. para a dir.: Bonito Dias, Tio Sabi, Domingos Bucho, Nuno Machado e Carlos Carrapiço
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Parecia a de Nova Iorque, com direito a foguete e tudo! Uma classe!

Esta obra de arte absoluta é da autoria do meu estimado amigo e vizinho Luís Barradas. Eu tinha acabado de sobreviver à rampa da Pereira com já quase 17 km nas pernas sob um calor abrasador. Preparava-me para entrar na reta do Valongo, para os últimos quilómetros, com algum cansaço acumulado e a precisar de uma hidratação a sério. Vejo o bandido a saltar com a máquina para o outro lado do muro e pensei, "então mas este?". Afinal a ideia resultou. Magnífico.
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Aproveito para mais uma vez, em nome da organização, agradecer a todas as entidades que nos apoiaram e participaram, e em particular, ao Luís Barradas que foi mais uma vez, o Super-Homem a que já nos habituou. Fez de tudo um pouco e sempre bem. Não bastou estar perfeito na logística como ainda se lembrou de andar de mota a tirar fotos, distribuir águas aos mais aflitos e fazer mais mil e uma coisas. Uma máquina!

Esta devo-a ao treinador João Carlos Correia do Atletismo Clube de Portalegre na esperança que o mister tenha gostado do estilo. Contrato à vista?

Na recta da meta. 1h 51m? 6º na categoria Veteranos I? 19º na Geral em 33 participantes?
Nada mal, jovem...

Mais do que motivo para comemoração em nuvens de algodão doce

À tarde foi vez da garraiada e dos novos valores da terra mostrarem o seu valor

Gula em grande, deixando bem claro porque já é um nome seguro no mundo do toureio

Chave de ouro, como é tradição, com os CantAreias (e esse novo cd? Estamos ansiosos...) e o Rancho folclórico que animaram os muitos populares que aproveitaram a noite quase estival. Os foguetes já foram vistos da caminha que o dia a seguir era de escola.
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Ai meu S. Marcos padroeiro, até para o ano, meu santinho!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Rendido ao poder da Baba de Caracol


A minha mulher já me tinha falado nisto. Nem a sabia grande leitora do blogue, mas há verdade é que há tempos se saiu com esta: “vi uma coisa que era mesmo boa para publicares no blogue. Tem tudo a ver…”.

E eu fiquei naquela…

Até uma noite destas menos bem dormida, quando às tantas da manhã liguei a televisão e levo com isto…
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Uma vista mais detalhada no site explica que: "Combate as rugas, rugas de expressão, manchas da idade, pele flácida, estrias, manchas causadas por exposição solar, acne, borbulhas, pontos negros, vermelhidão, irritações da pele, cicatrizes e queimaduras. Combate a rugas de expressão, permitindo uma atenuação das rugas , profunda. Assim, até 60% das rugas desaparecem em 2 semanas. Elimina de cicatrizes, esterias e marcas de queimaduras. serve para regenerar a sua pele. Trata os problemas da pele mais complexos, previne o envelhecimento e rejuvenesce. Experimente, ficará maravilhada com os efeitos espectaculares que obterá, garante resultados visíveis nos casos mais complicados a partir da segunda semana uma fórmula única e poderosa para tratar todos os problemas da pele seu rosto e do seu corpo. Trata a acne, rugas do rosto e do pescoço, manchas como o “pano” e qualquer tipo de cicatriz. É também muito eficiente a combater a flacidez e as pregas da pele do rosto, é o mais eficaz tratamento para prevenir as rugas e os efeitos do envelhecimento da pele do rosto. A baba de caracol é tão poderosa, que é capaz de rejuvenescer a pele já envelhecida, dando-lhe a elasticidade e o brilho de uma pele saudável e jovem".
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Categoria, pá!
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Escusado será dizer que fiquei rendido.

A embalagem vem já a caminho. Pelo sim, pelo não… mandei vir também uma para o meu primo Seal, que ficou todo contente. Vejam só o ar dele...
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Mas qual não foi o meu espanto quando a sua mulher, a minha primaça Heidi Klum, me ligou de seguida a dizer que não me incomodasse porque diz que gosta dele assim…



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MAL AGRADECIDA! Eu hein?!?! Ó filha: “gostos não se discutem! FICA LÁ COM ELE”.

Um homem já não pode ser bom…
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Mas já que falas nisso... tu não precisas nada.
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Nadinha mesmo...
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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Amar como o Jesus amou (Os mandamentos do JJ)

O meu vizinhança João Paulo que é um carteiro profissional daqueles à antiga, como deve de ser, entrou-me pelo Serviço de Finanças adentro com um livro na mão e perguntou-me: “Tenho aqui uma coisa para ti. Queres comprar este livro?”.

Eu já sabia que os Correios agora vendem tudo, para além de cobrarem impostos, carregarem telemóveis e fazerem mais mil e uma coisas. Entrar hoje numa estação de correios é quase como ir à Loja do Chinês. Eles vendem computadores, cds, telemóveis… bem.. é uma coisa do outro mundo.

Mas por esta do livro não esperava eu. Quando me aproximei… vi isto:
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“Se quero comprar este livro? Pois claro que quero! Então mas isso pergunta-se? Quanto vale?”.

“12 euros e meio”.

Pensei, “para um livro desta categoria… está barato!” e até me lembrei da história do amigo que foi à casa de meninas e perguntou quanto custava uma queca. Quando lhe disseram “25 euros”, respondeu “Toma lá 50 euros para duas”. Foi o que me deu vontade de fazer. Só a capa vale o dinheiro. Que classe! O meu Mister… O Cruyff da Reboleira.... Deus na terra e Jesus no Céu…

Eu quero este livro, eu quero devorá-lo e saber tudo sobre este homem que nasceu para mudar a minha vida. É o máximo!

Já viram a quantidade de coisas que um gajo aprende num bocadinho? Imaginem o figurão que eu vou fazer nas roulotes antes do próximo jogo quando comentar em voz alta: “ó pessoal, sabiam que a mãe do Nosso Senhor tinha uma pedra no mercado e ele nunca bebe café depois das refeições?”. Vai ficar tudo super-ultra embasbacado! Já os estou a ver a comentarem uns com os outros baixinho “eina pá, QUE GRANDA BENFIQUISTA é este gajo”. Ah, pois é, bebés!

O furor que esta obra vai fazer na minha estante... A alegria que eu vou ter de cada vez que olhar para esta lombada e me recordar das horas de puro deleite que passei quando o li.

Vai ficar lindo, metido no meia desta pérola,

E desta!


Acho o máximo! Eu quero que as pessoas quando me visitem fiquem impressionadas e saibam que eu sou um homem de cultura que privilegia os clássicos da literatura contemporânea.


Depois de o ler, faço questão de o emprestar e passar a palavra. O meu amigo Gil dos CTT está em primeira da lista mas depois de certeza que vai parar à banquinha de cabeceira do meu sogro e depois vai viajar até ao Algarve a fim de proporcionar ao meu amigo Pires, lânguidas tardes de leitura à beira-mar… Enfim… uma coisa de muito nível. Aceitam-se inscrições. É de aproveitar…

terça-feira, 20 de abril de 2010

Alicia Rules!







Então é assim:

Eu para ser fã de alguém, assim mesmo a sério, é da Alicia Keys.

Seu eu sou fã da mulher… tão fã…

Fiquei arrebatado desde o primeiro momento em que a vi, há já uns bons anos atrás, ainda pitinha, a tocar o “Fallin’” num piano de cauda preto.

Eu adoro a Alicia Keys porque acho que não há em todo o mundo do estrelato, combinação mais perfeita de beleza, sensualidade e talento. A miúda é linda, tem um corpinho escultural e ao contrário de muita pindérica que por aí anda, é compositora dos hits que vai semeando pelos tops de todo o mundo. Não há igual! Classe!

Temos a Beyoncé Knowles, verdadeiro furacão de feminilidade (veja-se o vídeo “All the single ladies”) que deve de ser do estilo “entrar na sala e virar tudo do avesso”… é mais mulherão… mas não é tão bonita e lá está… não compõe tudo.

Vejamos o caso da Shakira, outra Deusa desta trilogia do Olimpo do Showbizz… (comprove-se no vídeo “She Wolf”) pequenita mas perfeitinha, com tudo no lugar, lindíssima, com um jogo de ventre, pernas e cintura capaz de deixar qualquer um de queixo à banda. Tem vozeirão, muito estilo mas na maior parte das vezes… canta o que os outros lhe dizem para cantar.

Ora a minha Alicia é o tiro na mouche. Melhor é impossível! Tem tudo o que faz falta para que seja eleita a primeira rainha absoluta da Soul e R’n’B do novo milénio. A cachopa tem a voz de uma Aretha, o glamour de uma Diana Ross, o love feeling de um Barry White, o génio criativo de um Stevie Wonder dos melhores anos… tem tudo!

Conheço-lhe os discos todos e digo que raras vezes lhe têm feito justiça nas críticas especializadas. O último cd, por exemplo, que foi zurzido praticamente por tudo o que é sítio, é um trabalho belíssimo, cheio de excelentes canções, digno certamente do título de um dos melhores do ano naquele registo.

Quanto mais não fosse, mesmo que nada mais tivesse, bastava o “Empire State of Mind” para justificar tudo. Este hino soberbo à cidade de Nova Iorque que em nada fica a dever ao clássico imortalizado pelo Frankie “The Voice” Sinatra, merecia ser já escolhido como o novo B.I. musical da Big Apple. Bem… se eu fosse Mayor daquela brincadeira, havia de meter a música esta em tudo o que fosse comunicação ou aparição pública. Caraças, pá! É um prodígio lírico e musical como só a menina sabe fazer. Vejam lá se o passarão do Jay-Z, o Padrinho do Hip Hop da East Coast, não se colou logo à cachopa e adulterou a coisa com umas rimas mal esgalhadas só para a fazer dele também. Como a Beyoncé lá em casa não lhe chega, ainda teve de se fazer à cachopinha e eu imagino os amasssos que ela não deve ter levado na rodagem do vídeo. Um gajo com uma fronha daquelas, tão mal feito… enfim… lá diz o povo que mais vale cair em graça que ser engraçado.

Diz que a Alicia vem cá a Portugal, no dia 29. Ainda não me ligou… não sei se sempre me virá visitar cá a Marvão mas que eu gostava de a ver… lá isso gostava!

Calha numa 5ª feira que é sempre mau dia, falta-me companhia… mas nestas cenas, a esperança é sempre a última a morrer, não é? De forma que não sei… vejam lá… se houver para aí alguém com um bilhetinho a mais, alguém que se adiantou mas afinal tem outro compromisso e não afinal não pode ir… lembrem-se cá do vosso Tio Sabi. Tenham piedade!

Meanwhile… vou matando saudadinhas com estes portentosos vídeos e no final, atentem bem, deixo um concerto NA ÍNTEGRA, TOTALMENTE GRATUITO, para que possam aferir todo o poderio da fera indomável.

Alicia… és PATROA!





Alicia Keys - Fallin
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Alicia Keys - Karma
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Alicia Keys Clip If I Ain't Got You
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sábado, 17 de abril de 2010

A tua TIA, PÁ!



É o que eu digo sempre: "Com políticos destes, precisamos de cómicos para quê?".

Vejam só como o homem fica furibundo! Genial!

Eis a versão não censurada num exclusivo Vendo o Mundo de Binóculos do Alto de Marvão

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Top Disco: Dead or Alive – “You Spin me round”


Perguntam-me muitas vezes por aí: “Então andas bom?” e eu geralmente respondo com um chavão adaptado à situação. Eis alguns:

“Vou tirando, como dizem os espanhóis”;

“Quando mal nunca pior…”;

“Cá vou marchando, com a cabeça entre as orelhas”;

“Rijo e valente”;

“Sempre na ponta de unha”, e por aí fora.

O mais utilizado neste último ano, tem sido o “se ando bom? Com o Benfica a jogar desta maneira, tenho de andar belíssimo!”.

E é mesmo verdade. Com o Benfica a jogar assim, até o país parece outro e eu também ando satisfeito. Relativizo os problemas e as más disposições, agarro-me ao que me dá alegria.

Como o ambiente é de festa e já é Sexta-Feira, recupero uma rubrica do meu blogue na qual depositei grandes esperanças mas que acabou por não vingar à primeira: o Top disco, o espaço que pretende fazer uma homenagem aos programas de videoclips do meu tempo, revelando pérolas do passado.

Para hoje deixo-vos um tema que é um dos meus favoritos de sempre: “You spin me round”, dos Dead or Alive. Tenho até impressão que já por aqui me referi a ele, mas nunca é demais realçar a sua genialidade. Esta música tem em mim um poder sobrenatural porque assim que ouço os primeiros acordes, esteja eu onde estiver, perco o controlo do metabolismo e tenho de começar a dançar. À parolo, de preferência!

Por vezes os vídeos não estão à altura dos temas. Neste caso, o casamento é perfeito.




“E porque é que gostas tanto desta música/vídeo?”, perguntam vocês em coro, pequenada, sentados à volta da fogueira. “Não sei!”, respondo eu, mas posso tentar dar-vos umas pistas:


Para começar adoro os sintetizadores da entrada, o truque da câmara com a bola de espelhos e a pose do man. Adoro que esteja vestido com um robe, roxo ainda por cima. Escusado será dizer que o penteado me parte todo e que o facto de estar emoldurado como se fosse um quadro, o torna uma obra de arte imediata. Adoro como ele começa a dançar com as mãozinhas e o jogo de ancas, adoro a venda à pirata, adoro que a banda apareça atada e a girar como um disco, adoro o broche ao pescoço. Adoro a coreografia dos braços e as unhas gigantescas. Adoro tudo.

Fogo! Anos 80, bebés! Clássico!

Quem é que resiste a isto?

Tudo para a pista de dança! Já!

Ninguém pára o Benfica (e com a ajuda do Photoshop, então…)

Sim, minhas amigas e meus amigos… eu sei que tem sido bola a mais e que os últimos posts podem ter sido particularmente duros para os seguidores de outros credos clubísticos mas não resisto. É mais forte do que eu.

E hoje, quando abri o mail, decidi logo que não resistiria a publicar estas 3 pérolas absolutas de humor futebolístico. Na impossibilidade de os fazer chegar a todos por mail aqui ficam, com a ressalva de que não são de minha autoria (não me importava nadinha) e que só não faço referência aos autores porque já me chegaram anónimos.

Com um abraço e um agradecimento ao Rui Felino e ao Pescada (quase campeões, companheiros!):





quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tango à chuva (Benfica 2 x Sporting 0)

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Temos de ser honestos e começar por dizer que na primeira parte só deu Sporting. O Benfica acusou a responsabilidade da partida, entrou intranquilo e não conseguiu explanar o seu futebol perante um adversário que, não tendo nada a perder, entrou mais destemido e pressionou em toda a linha. Nem por isso teve mais ou melhores ocasiões de golo mas a verdade é que foi mais forte nesses primeiros 45 minutos.

Ao intervalo, comentei com o meu companheiro de partida e de petisco (magnífico coelhinho com arroz de feijão), Luís Barradas, que ou o Jesus mexia na equipa ou mais cedo ou mais tarde tínhamos uma lá dentro. Até parece que nos ouviu.

Para a segunda metade, JJ sacou um brilhante Aimar da cartola e o jogo nem parecia o mesmo. Sob a sábia batuta do genial maestro argentino, deixámo-nos de viras e malhões atabalhoados e passámos a ser o macho num elegante tango à chuva com os lagartinhos, claro está, a fazerem de fêmea desorientada e submissa.

Tudo mudou, como por magia. Os passes começaram a bater certo, a pressão tornou-se constante e em todo o campo e as transições defesa-ataque estiveram, pela primeira vez, a funcionar. Com um meio-campo criativo e cerebral, o futebol tornou-se fluído, consistente e consequente.

Óscar Cardozo é assim… pode andar um jogo inteiro a passear aquela estrutura disforme de carne e ossos que o sustenta, sempre a olhar em volta com ar aparvalhado, por vezes a tentar fazer qualquer coisa parecida com correr… a encher chouriços… mas, na hora H, sabe-se posicionar e meter o pézinho que faz toda a diferença, como ontem fez. Brilhante a forma como se antecipou aos defesas e rematou primeiro. Soube fazer toda a diferença.

O Benfica estava galvanizado. A locomotiva levava velocidade cruzeiro e abrasava a lagartagem por onde passava mas a vantagem era magra para tantos “olés”.

Chegou então o momento em que o incansável e ontem bastante perdulário Ramires fez um corte/passe acrobático que abriu a Aimar um corredor até à baliza. É um daqueles instantes em que parece que tudo pára. O mundo… o nosso corpo… tudo fica em suspenso. A minha cabeça só repetia “não falhes, não falhes, olha para a frente… não me falhes…”.

Aimar sai isolado, veloz, elegante... correndo solitário para o golo. Dá dois toques, o último com um pouco de força a mais e eu digo para mim que “já não a agarras”… mas ele esforça-se, ele estica-se, ele morde a língua, em esforço… vai com raça, vai com alma, vai apanhá-la… e eu vejo e revejo tudo em câmara lenta…

Patrício já ficou para trás, o ângulo é muito apertado… Grimi, no chão, é o único obstáculo entre a bola e as redes…

E o pequeno grande craque, num lance digno de ser filmado com a tecnologia de 360º do Matrix, pica a bola com elegância e coloca-a certeira no segundo poste.

Golo!

Aimar corre para a bancada e nós corremos atrás dele através da câmara. Ele beija a camisola, agarra-se ao símbolo que traz no peito e espera pelos colegas. Ao fundo, os adeptos exultam. Saltos, bocas abertas, gritos, braços no ar, abraços, sorrisos, cachecóis a voar… uma alegria sem igual.

A festa estende-se ao banco. Jesus e os adjuntos abraçam-se efusivamente. O sonho está próximo. Shéu han está emocionado e parece chorar.

Como diria o meu querido Gabriel Alves (onde andarás?)… “o futebol como expressão máxima da alegria popular”.

Foi GRANDE! Foi bom! Foi muito bom!

Depois, só faltou gerir a confortável vantagem até ao final. Facilmente e com direito, agora sim, a uns merecidos “olés” pelo meio.

26 pontos de diferença?!?!? È muito ponto. Bastantes pontos, mesmo.

Faltam 4 jogos. 4 finalíssimas. A primeira é já neste domingo, com a Académica, em Coimbra, que fica aqui tão perto…

Depois, recebemos o Olhanense na Luz, vamos às Antas e fechamos com o Rio Ave em casa.

Fazer a festa do título no estádio do dragão num ano em que o Porto nem à Champions vai… é coisa que nem nos meus melhores sonhos poderia imaginar.

Faltam 7 pontos em 12 possíveis. Está tão perto…

O sonho está tão perto…



Algumas notas soltas e finais:

Lástima para o mau perder Sportinguista. É uma pena que não saibam assumir a derrota e que o Benfica foi mais forte. Desculparem-se com o árbitro que só revela o verdadeiro (mau) carácter de jogadores e dirigentes. Falam no lance do David Luíz com o Moutinho na área e do amarelo a Luisão. São lances discutíveis, concordo, mas e o que me dizem do penálti descarado do Carriço quando cortou um remate do Carlos Martins com a mão na área, ou do penálti claríssimo não assinalado quando Grimi pontapeou Cardozo, também na área, lesionando-o e mandando-o para o estaleiro? No aspecto disciplinar há mais: e a entrada para vermelho directo do Moutinho sobre o Ramires? E a do Miguel Veloso já na ponta final, junto à linha de canto? Lances polémicos aconteceram para ambos os lados. O árbitro preferiu privilegiar o espectáculo. No meu entender, bem.

Nota comovente para o Luisão e para a revelação de Jorge Jesus na conferência de imprensa. O patrão da defesa não estava a 100%. No aquecimento sentiu dores e disse ao treinador que o melhor era não alinhar mas se a equipa precisasse dele, daria tudo o que tivesse. Um gesto que revela a verdadeira alma de campeão de um capitão único.

Um último agradecimento para os meus anfitriões, Luis Barradas e família. Que bem que se estava (mais uma vez) numa casa onde nunca falta devoção benfiquista. Aquela sala parecia o salão nobre da Casa do Benfica em Marvão. Não faltaram posters, cachecóis, bandeiras, adereços e até uma imagem de Jorge Jesus de Cristo redentor para abençoar a partida. Bem ao meu jeito! Magnífico!

A minha filha disse-me hoje de manhã: “Papi… eu já estava deitadinha e ouvi aqui os vossos gritos. Tão altos… Pensei logo: Já marcámos mais um!


Lindo!