quinta-feira, 21 de março de 2013

Mergulhando no azul







Hoje foi dia de piscina. Já não a frequentava há mais tempo do que era desejável. Decidi que de hoje não podia passar. A vida é sempre a correr de um lado para outro e quando damos por ela, já passou. Há que dar tempo ao tempo, desfrutar dos prazeres que estão ao nosso alcance e não são exuberantes. Às 18 e pouco já lá estava. A piscina municipal é um luxo que nós, marvanenses, arenenses temos e não podemos desperdiçar. Vem do tempo da presidência do Dr. Manuel Bugalho e é uma obra que há-de sempre marcar a sua passagem à frente do município. Daquelas obras que ficam.


É uma pérola preciosa que fica aqui a 500 metros da minha casa. 3 minutos a pé. Uma delícia.


Hoje então, foi um primor. A piscina estava como muito poucas vezes a tenho encontrado. Deserta. Sem ninguém. Como se fosse minha. Como se fosse privada. Toda só para mim! Tanto prazer estava a sentir ao nadar que pensei: tenho de escrever sobre isto. Tenho de partilhar. Tenho de dar isto a conhecer. Porém, se espalho muito, estrago o divertimento e fica mais difícil encontra-la assim. Mas eu não sou egoísta. Nunca fui de fazer caixinhas. Na faculdade até passava os meus apontamentos aos colegas que se baldavam às aulas. Como os meus cadernos tinham tudo a preceito, eram muito cobiçados. Eu partilhava. Nunca fui de guardar só para meu uso.


Nadar para mim é muito mais que apenas um desporto. É revigorante. É como ir ao psicólogo. Um daqueles psicólogos que também sabem fazer massagens. Sai-se de lá novo. Não sei se é por estar envolto em água e naquela história que nos faz recuar a quando estávamos na barriga da mãe, envoltos no líquido amniótico. Mas tem muita força, muito poder.


Assim que entrei na imensidão do azul e senti a tranquilidade em volta, perguntei-me por que razão não há mais gente a aproveitar isto. Ter e não saber… ter e não saber dar valor é como não ter.


O mundo lá debaixo de água é só calma, paz e azul. Uma imensidão azul polvilhada por luzes ténues e amarelas.


Para além da beleza, a vertente desportiva, o meter o esqueleto a trabalhar e mexer os membros todos é um aliciante que deve ser levado em linha de conta. Fiz o mesmo de sempre: duas séries de 40 piscinas em crowl e bruços alternados. 80 no total. 16,66 metros x 80 voltas = 1.332,80. Quase 1500 metros em duas séries de +- 20 minutos cada. Nada mau, digo eu.


Um cartão para 12 sessões vale 18.40 euros. 1 euro e meio por viagem, tá barato. Antes isso que um maço de cigarros ou um tintinho. É mais bem aplicado.


Olhem, desfrutem e se não desfrutarem, não se importem que aqui o tio sabi não diz que não e sabe-a fazer.


Beijinhos molhados. Glu glu.

1 comentário:

Helena Barreta disse...

Que privilégio, uma piscina só para si. Boas braçadas.

Bom fim de semana.

Um abraço