domingo, 15 de setembro de 2013

O meu voto vai para...

O próprio pediu-me um texto de apoio. Como ultrapassei as 4 ou 5 linhas que me pediram e não sei se haverá espaço no papel, na tipografia internetiana do tio Sabi cabe tudo. Sempre a verdade. A verdade acima de tudo. É certo que é a minha verdade e pode ser contestada. Mas como ensinam na escola: dos fracos não reza a história e quem conta tem sempre a sua versão. Por isso, aqui vai:

Conheci o Carlos Castelinho quando fui o vereador responsável pelo Pelouro da Educação no Município de Marvão. O Carlos era o responsável pela Escola da Portagem, o líder da equipa que geria muito bem essa escola. O Carlos não é uma pessoa que nos arrebate à primeira, que nos conquiste à primeira impressão. Mas com o tempo revela-se. É muito educado, cordial, afetuoso. Esse afeto que não nasce à primeira vista, permite que a pessoa se revele e ganhe espaço em nós.  

Trabalhámos muito juntos, sempre com consideração mútua e respeito. Juntos conseguimos que Marvão funcionasse a uma só voz na educação. Houve mais intervenientes no processo, mas poucos com o nosso empenho e convição. Não fazia sentido que num concelho tão pequenino e com cada vez menos crianças, existissem dois agrupamentos de escolas. Com muitas reuniões e trabalho conseguimos que o Agrupamento de Escolas de Marvão, com dois pólos, fosse criado. Mas na vida e na política, nem sempre os que mais trabalham e mais se esforçam chegam a ser os que desfrutam da glória. Eu saí da política por opção própria. Foi essa mesma política que conseguiu que nem o presidente da escola da Portagem, nem o presidente da escola de Santo António das Areias fosse o escolhido para chefiar o agrupamento. Sempre o poder e a política a caírem nas mãos erradas que nos governam e a revelarem a verdade das pessoas.

Eu sei que sou um homem bom, de bons princípios e propósitos. Tu também és um homem bom, Carlos. Como diz o povo que é sábio: “o azeite vem sempre ao de cima”. Não sabemos se vai ser já desta vez porque quem está lá no poder joga baixo, tem os recursos ao seu dispor e um povo amedrontado, com medo de falar e que vai facilmente em promessas falsas. Agora volta à baila o património mundial que se anda a arrastar há tanto tempo e a festa do idoso, para adoçar a boca dos velhinhos, os mais desprotegidos. Mas temos de ser persistentes e ter fé. Quanto mais não seja, fé em nós, Carlos.

Levas contigo uma grande equipa, de pessoas lutadoras e com garra de quem sou amigo e admiro. O Nuno Pires é um amigo que amo como se fosse meu irmão. Homem bom e honrado que conseguiu pelo seu esforço, tudo o que tem na vida. O Nuno quer ajudar o seu concelho, o meu concelho, o nosso concelho. Porque já vou longo no meu testemunho, falo apenas mais sobre a Adelaide mas poderia falar sobre todos. O teu “exército” como alguém lhe chamou, é de voluntários muito poderosos porque são bons e humildes. A Adelaide é uma mulher de armas. De fazer. De trabalhar. De dar tudo aquilo que tem por aquilo que ama. A vida foi-lhe madrasta mas ela soube reerguer-se das cinzas como se fosse uma fénix deslumbrante. É uma mulher com M “grande”.

Eu estou convosco de alma. E coração. Queira Deus que eu ajude a derrubar aquilo que, ingénuo, de boa fé, ajudei a criar. Eu tenho fé. Tu também?

Pedro Sobreiro
40 anos
Funcionário público no concelho de Marvão
Residente no concelho de Marvão
Pai de duas marvanenses de 3 e12 anos

2 comentários:

Profª Isabel Ludovino disse...

Quem escreve assim toca-nos profundamente e enche-nos de esperança para que acreditemos que é possível!
Abraço

zira disse...

O tempo. Sempre o tempo... O dificil passa a ser fácil.O necessário? Ser honesto, coerente e persistente. Mais que o tempo conta a saúde fisica e assim os caminhos ficam definidos.Os retratos da alma ajudam a entender.E um dia... Um dia no futuro vamos saborear o que foi semeado. Há que esperar.