terça-feira, 15 de março de 2016

Tomba(dela) finais (4 golinhos chegam…)






Óstia!!!
Este Clube Desportivo de Tondela não é um lanterna vermelha qualquer. Roubou dois pontos ao Szborten em Alvalade quando o obrigou a um empate lá no covil do leão e obrigou o FêCêPê a uma vitória pela vantagem mínima, mesmo à rasquinha, quando caiu ao génio de Brahimi. Hoje, entrou na Luz de cabeça erguida, a disputar o jogo pelo jogo, de peito aberto e só não conseguiu mais porque o Benfica foi… implacável.

Jardel marcou muito cedo, quando pouco passava dos 10 minutos, numa cabeçada certeira, que deu a melhor resposta a um canto primoroso de Gaitán.

Se foi bonito, descansou as bancadas e as hostes, mas para mim, o momento alto do jogo estava ainda por acontecer. Poucos minutos depois, numa jogada deliciosa, com a bola a ser trocada por 7 ou 8 vezes ao primeiro toque (parecia renda de bilros!), certamente fruto de muito treino nos bastidores segundo orientações de mister Vitória (afinal parece que sabe de bola!), terminou da melhor maneira, com um remate certeiro de Jonas, para um golo lindíssimo.

O nosso manageiro teve de mexer mais na equipa e em boa altura tirou o escanzelado do Talisca que não acertava uma para a caixa e lançou Sálvio que, a pouco e pouco, vai recuperando a época fulgurante que tinha quando teve de encostar. Teve também de tirar Gaitán, que no ponto em que estamos (no campeonato e na championze), só preocupa, mas aproveitou para lançar o miúdo Gonçalo Guedes que de cada vez que entra, faz sempre desejar que talvez lá devesse ter estado mais tempo. Hoje sobremaneira.

Mas Jonas ainda teve de molhar outra vez a sopa e marcar o 28º golo, que lhe permite recuperar o lugar de líder à bota de ouro, melhor marcador europeu, alcançando e ultrapassando os dois líderes até à hora do jogo: uns tais de Cristiano Ronaldo e Higuaín. Nunca ouvi falar sobre.

Mas a festa ainda não estava terminada e antes do apito final, Mr. Barba de Chibo, aquela torre desconchavada e mal feitona, ainda aproveitou uma desatenção dos defesas do Tondela, e espetou uma fugida da madre que lo parió para rematar um tiro frio e certeiro para o 4-0.

Os menos? Que também houve menos:

1) O amarelo completamente escusado a Jardel por uma falta infantil que o vai impedir de defrontar os axedrezados. Não havia nexexidade…

2) O cartão ao rebelde do barba de chibo por ter tirado a camiseta após ao seu golo. Bem zangado estava o mister. E com razão.Palerma do gajo. Mas amalta é jovem e…

LINDO!

3) O tento de honra deles. Um passevit, aquela defesa.

E que dizer dos comentários da nossa televisão? O nosso técnico em altíssima nota, sobre as afirmações do parvo do inácio do Inácio (não é gralha. É mesmo assim…) sobre Júlio César, para ver se arranjava arraia. Vitória dixit: “Seguiremos sempre unidos, sempre juntos e assim continuaremos. O Benfica é uma equipa alegre, que contagia. A comunhão com os adeptos e a entreajuda entre ambas as forças é um dos segredos do nosso sucesso. Aqui continuaremos.”



E o Sabi diz que… faltam 8 finais para o que, para mim, era impensável e nunca sequer imaginado (com um treinador recém chegado nesta época e o cabaret mediático dos rivais.)

BBBBBBeeeeennnnnnfffffffiiiiicccaaaaaaaaaaaa sempre!!!!

Para fechar, uma última homenagem a um grande ator, que aprendi a admirar desde o João Gadunha da Vila Faia. Assim se vai mais um ícone que me habituei a ver boquiaberto desde sempre.
Quando os ícones se nos vão… o nosso fim fica também inexoravelmente mais próximo. Como ele dizia: “isto não dura para sempre e mais cedo ou mais tarde… acaba.”



Eu digo: aqui. Aqui em baixo, acaba. Acredito que algures, de regresso ao sítio de onde viemos, haverá mais.


Que descanse em paz.


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