sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Ah, Leonor fadista! (E a menina estreou-se na fadistagem)





Com quase 15 anos... e uma vez que não tem pilinha, nem sabe jogar à bola.... a ver se é por ela e aqui que me consigo fazer rico, porque está mais que visto que não é a trabalhar para arrecadar impostos que lá chego... 

E porra das cruzes do Euromilionário são tão fáceis de ver que são mesmo aquelas e não podiam ser outras... depois de sairem.


A estreia deu—se com o novo fado da Raquel Tavares, "Meu amor de longe". Ainda muito temerosa (aposto que assustada por ver aquela multidão de olhos postos nela), mostrou ter uma bonita voz, boa dicção e colocou (como lhe pedi), expressão em cada palavra que dizia.

A meu ver, não foi um sucesso mas não foi por sua culpa exclusiva. Denotou—se ali que, dos 3-executantes em palco, havia um que não conhecia o tema a fundo; e este também não foi o acompanhante da viola clássica que estava encarregue de fazer a métrica bater certo, e apenas ele com ela ensaiou.
Muito enrolar, enrolar e as notas que a permitiam soltar—se... que não entravam. 

Esteve... bem.


No segundo tema, aquele que o sei pai Sabi gostaria de ver como hino nacional, um outro novo fado, desta vez numa letra absolutamente brilhante do Deolinda, Pedro Silva Martins, celebrizado pela fadista Rock Star, Ana Moura: Desfado.

Esteve mais segura que no primeiro (o calo ganha—se, praticando), e o acompanhamento na guitarra portuguesa (mais que habituada aos clássicos de sempre) não esteve tão fora. Sim, porque a viola clássica esteve mais uma vez irrepreensível e ao mais alto nível. Dava gosto.

Para fechar, sem querer, fez—se a vontade ao homem e a piquena amandou—se à "Casa da Mariquinhas" da intocável diva, Amália. Aí, os guitarristas estiveram insuperáveis e ela... o meu amor, teve de levar um auxiliar de memória para nortear. 

Mas cabulou pouco e esteve com uma métrica, uma dição e uma entoação... muito boas.


Agora eu, como pai e uma vez que tem os atributos, gostaria que; como me ensinou o meu 1• Chefe de Finanças, Delfino da Graça Bento Amaro, de quem sempre me lembro e tenho muitas saudades; "criásse pé, para dar coice". Quer isto dizer, arranjar um bom tutor, estudar, desenvolver o ótimo instrumento que Deus lhe deu, e voar. Sempre olhando para cima, porque para os lados não se aprende nada.

Os meus humildes e respeitosos incumprimentos e agradecimentos à Sandra Paz, senhora presidente da freguesia de Santa Maria de Marvão, que se lembrou de nós; quando aproveito também para a parabenizar pela extraordinária noite de convívio que organizou na sua terra.

Agradecimentos fraternos que vão também direitinhos para o excelentíssimo presidente do Centro Cultural, meu caro Tiago Pereira, que muito felicito.

Muitos parabéns à minha querida Joana Vieira que está toda uma fadista! (Grande voz, muita simpatia, ENORME presença, muita rodagem, grande savoir faire); a esse docinho chamado Marisa Garção que todos nós vimos crescer para o fado e agora já impressiona e muito, que a vontade também se faz força e beleza.

Bem hajam os artistas, todos, os que vieram de fora mas permitam—me que abrace os nossos bebés.

Muita saúde e força para todos, sobretudo para o fadista que abriu o peito e nos falou, sentido, da débil saúde da sua esposa. Estará nas minhas orações e peço que Deus, pai, a ampare pelo melhor caminho.

Um grande abraço aos meus leitores .



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