terça-feira, 20 de setembro de 2016

Passar o sol pela lua







Pois isto diz um gajo que nem é o maior entendido do futebol (porque nunca estudou a matéria a fundo; nem nunca foi um praticante da modalidade até do ponto de vista amador) mas que ama o desporto rei, que… este foi um belíssimo partido.

O vosso Tio Sabi vê sempre as coisas pelo lado dele e tem opinião sobre tudo, embora na realidade não saiba quase nada. E conta sempre as cenas à sua maneira.

Na vida real, ninguém o leva muito a sério, muito porque é brincalhão. Nem sequer as três amazonas que vivem com ele, que muita gente apelida inocentemente de donzelas. Ah, ah… Se soubessem o que sofre…

Mas ele tem aqui este cantinho na internet que serve de confessionário, de psiquiatra, de bom ouvinte, onde vem vender jogo quando já tudo dorme e não está para perder tempo a consumir cultura, que adora.

Poderia estar a ler o jornal que está ali a rir-se para ele (Expresso); ou a ver o debate semanal que o entretém a sério, brincando com tudo de forma inteligente (Eixo do Mal); a ver aquele filme que tanto procurou até que caiu numa sessão inesperada no passado sábado (Django de Tarantino). Mas ele sente-se melhor aqui. Mais calmo. A deitar cá para fora, o que lhe vai lá dentro. E ainda por cima o ouvem. Isso é que é mágico. Que haja gente que continua a vir aqui. Bem hajam por isso.

Estes foram 90 minutos muita bem passados. Que belíssimo jogo de futebol. Perdi os primeiros e como disseram os manos da rádio, já tinham existido sei lá quantas oportunidades para um e o outro lado.

Daquilo que vi, foi muito disputado. O Benfica dominou e atacou em toda a linha. Ressaltou-me um Gonçalo Guedes de que gosto muito porque é um puto das escolas, hábil, ágil, rápido, embora tenha ainda muito a crescer, e o Andrézinho Horta que é um bebé nosso e está uma jóia linda.

Insistiu-se  muito (com uma ou outra oportunidade do Braga pelo meio) mas o golo surgiu de um bailado perfeito ainda antes da meia hora: Grimaldo para Pizzi, este para Guedes de calcanhar e dali para os pés do meu Barba de Chibo que desferiu uma bomba perfeita de força e colocação.

Um golinho que esteve a seco tempo a mais. A coisa ia adormecendo e o Braga, crescendo. Defendíamos bem e controlávamos o jogo mas faltava ali um golinho. Que caiu quase por obra e graça de um desgraçado do Braga que deixou a bola nos pés de Pizzi, que este aproveitou para mostrar porque é que joga nesta equipa. Obviamente não falhou.



Se assim já estávamos bem, chegava para os 3 pontos, Pizzi ainda centrou junto à linha, direitinho para a cabeça do grego que lhe deu uma penteadela lá para o buraco.

A coisa nunca fica bem, enquanto não deixamos cair a nódoa no melhor pano, já mesmo ao fechar do jogo, que muito chateou os meus colegas paisanos no Adro. Para mim foi um… “que se lixe! Ganhámos e já vamos em primeiro!”

Terminámos o jogo com 6 portugueses, 4 das escolinhas da Luz e este é o caminho que há a trilhar, para o meu cube.

Para terminar, uma palavra muito especial para felicitar o nosso imperador Júlio César, que esteve… demolidor; e o menino José Gomes de 17 (?!?!?) anos que ia marcando…




A verdade é que já passou o sol pela lua. O rei já está sentado no trono outra vez.

Tudo está bem, quando acaba bem.


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