segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Eu quero é ser veterinária


Há dias, na reunião de notas do Agrupamento da Dona Alice, em representação da encarregada cá de casa, que toma, e faz questão de tomar conta de tudo, e por isso estava numa reunião da maior...

No balanço, a alegria de ver um sorriso da parte da professora, que diz que se considera velha, mas eu sei que é da extraordinária velha guarda (das que ensina). Já encaminhou para o trilho da escola a minha Leonor, que se tem sucedido bem, e agora administra a aprendizagem desta mais nova.

Diz que a surpreendeu, porque temia o "terrorzinho" da boquinha dos demais. Afinal, ela é responsável, muito obediente, concentrada, solidária e muito amiga dos outros meninos.


Começou há três meses e já lê. Pasmo-me. Junta as sílabas pela fonética e constrói palavras. Pensava que isto só sucederia lá pelo calor do Verão... eu sei lá...

Não tive coragem de pedir à professora, mas em conversa informal de dois amigos de há muitos anos, que trabalharam juntos (eu, vereador; ela, nesta posição em que está), comparou as duas. Comparação que fica para nós dois, em segredo. São as duas minhas filhas e o amor tão grande que sinto por cada uma, tolda—me a razão e torna impossível preferenciar uma. Daria a minha vida sem pestanejar, por elas. Se dependesse disso, já vivi mais. Já podia ir. É nestes "baús" com perninhas que me quero eternizar.

Terminámos a conversa na noite fria, a falar da vida de cada um. Abracei—a forte, convicto daquilo que lhe tinha dito de início: "professora Vina, a senhora é um achado que me apareceu. Fiquei tão feliz quando soube que era consigo... A senhora sabe tanto, e ama tanto o que faz... que isso transborda, e chega até nós." 

"Fique tranquilo, Pedro. Esta não escorrega tanto na cadeira... Sabe estar e sabe—se sentar."

Sabe como dizemos na missa, após a homilia? "Assim seja".

Tudo tão certinho e carregadinho... "É perfecionista", disse...
Que bom que quer bem... o melhor...

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