sábado, 16 de setembro de 2017

As histórias de Alice— e o episódio de hoje é: "A honra e... o(a) azelha"


Hoje era o 1° dia de aulas. Efetivo. A contar mesmo a sério. 

Acordou com o despertador no seu quarto, e eu, a ouvi—la enquanto fazia a barba.

Bem disposta, lavou—se, aprumou—se e chegou à cozinha, com alto astral.


Para grande surpresa minha, deixou—me tirar fotos, com a mochila nova dos cãezinhos. Foi a troco de uma promessa, que lhe compraria o que quisesse caso deixasse (é tão altruísta...), quando fossemos a qualquer lado. Mas isso, não interessa nada para aqui, agora.

Decorreu tudo bastante bem, e atempadamente. Saímos on schedule, 9.40h, para a deixar na escola às 9.45h, e chegar a Marvão às 5m para as 9h, 9h, a fim de abrir a porta do meu estaminé.

Antes de chegar ao largo do mercado, junto à loja do sr. Zé Moura, frente à drogaria do Abílio, sai—me um jipe preto de marcha atrás, de uma ladeira da casa, de uma senhora que vive ali. Um carro tão grande, e tão depressa, que nem sequer tive tempo de reclamar, ou buzinar.

Travei a fundo, tentei desviar—me ao choque, procurei evitar embater nos ali parados, fui travando mais, e consegui enfiar o meu Caguincha, a um palmo dos obstáculos. Ufffffff... Respirei fundo. Olhei para o jipe, mas a senhora nem me estava a ver!


— Faltou um bocadinho assim... (disse—lhe o quanto, com a mão)

Ela, admirada, com ar de muito espanto, disse: "desculpa... Nem te vi, Sabi! Saí de marcha atrás da ribanceira, e nem dei por ti..."

— "Já passou...", disse—lhe. "Tens de vir com mais cuidado, senão..."

Arrancou, sorrindo. Foi à sua vida. Eu, confidenciei com a minha co—piloto, disfarçando o orgulho na minha destreza automobilística, que me espantou até a mim. Não tenho o hábito de viver, estas situações de aperto assim com tanta frequência.

—Viste Alice?!?!? Granda pinta... Visto como aqui o mangas, evitou um acidente?!?! Granda pinta, hein? (Modesto... as usual...)

— Pfff... granda pinta... Se fosses mesmo bom, tinhas travado lá atrás... Olha onde tu foste parar... mesmo aqui junto aos carros! E não bateste por um triz...

(Estava capaz de lhe ter explicado, que isso teria sido impossível, dada a velocidade enorme com que se atravessou na minha frente, mas... pensei bem e... não teria valido de nada. Tinhamos coisas mais importantes, que me queria mostrar, no placard da escola. Orgulho...)


Nota do escriba: estas aventuras e desventuras da indomável Alice, que conto aqui, foram mesmo tal e qual. Sem tirar, nem pôr. Quem me conhece, sabe que eu não sou gajo, para estar aqui a contar lérias. Faço—o com grande custo. Não por mim, que adoro, mas tenho de passar por diversos lápis azuis cá de casa. Porque ninguém tem nada a ver com o que é nosso, porque há sempre o famigerado medo, de tudo aquilo que é posto na net, pode atiçar a cobiça de malvados, que a podem roubar... enfim.

Faço—o, porque preciso de algo mais que trabalhar nos impostos, para me sentir feliz, e realizado. Faço—o porque escrever é aquilo que mais amo fazer na vida, a par de outras coisas. Faço—o para memória futura delas, e minha. Faço—o porque sei que tenho leitores, que comentam comigo, que me dão um prazer ENORME, quando me dizem que me seguem. A eles, dedicado a eles, vai. Peço—lhes que se metam como meus seguidores, clicando na tecla "A SEGUIR", por forma a que não me leiam quando me apanhem, na marabunta da confusão geral, e me possam ler assim que publico. Em 1° lugar. Eles, ficam dentro, em 1a mão, e eu, com as costas (mais) quentes. Obrigado. 

Sem comentários: